Eleger a linguagem oral
como conteúdo da educação infantil é fazer do diálogo um lugar de desenvolvimento
e aprendizagem, através da comunicação e interação com o meio onde está
inserida. Implica promover atividades
que criem situações de fala, escuta e compreensão da língua através de
diferentes textos e situações enunciativas, ampliando as capacidades
comunicativas das crianças, de forma significativa e que preserve a naturalidade
de conversar, falar e escutar para sua condição de ser alfabetizado.
Para
as crianças, a organização dos conteúdos de Língua escrita na alfabetização,
pressupõe uma combinação entre atividades que se repetem e atividades que
variam, pois, como grande parte daquilo que a criança deve aprender consiste em
procedimentos (ações ordenadas com uma finalidade), é importante que a
sequenciação de atividades permita uma reorganização dos conhecimentos. Dessa
forma, é preciso estabelecer critérios que possibilitem ao mesmo tempo
interagir com as crianças, dando-lhes a oportunidade de perguntar e obter
respostas, considerando o nível de complexidade das diferentes atividades como
definidor do grau de autonomia possível às mesmas.
No
processo de alfabetização, as crianças vivenciam seu processo de aquisição da
escrita segundo suas hipóteses que, em geral, estão muito distantes da escrita
convencional. Saber interpretar as produções escritas, e compreender a natureza
das hipóteses infantis, é um longo aprendizado que permite ao professor
identificar esses conhecimentos e intervir para ajudá-las a pensar sobre eles
progredindo no que diz respeito à construção da escrita.
Ser alfabetizador é mais do que ensinar letras
e sílabas, mais do que traduzir o texto escrito, é, principalmente, compreender
que a escrita é um sistema de representação da língua e sua aprendizagem é um
conhecimento novo.
Busquei
(no link em anexo) embasamento teórico em Emilia Ferreiro, pesquisadora
argentina que desenvolveu uma teoria ligada à alfabetização.
Segundo ela, a
evolução da escrita passa por algumas etapas nas quais a criança repete, em sua
história particular, a história da escrita. Mas é necessário ressaltar que tal
evolução não ocorre da mesma forma para
todas as crianças, pois cada uma tem seu ritmo próprio.
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