A partir do século XIX,
tempo de grandes descobertas no campo da medicina, da biologia e da saúde,
passou-se a estudar os deficientes de modo a procurar respostas para seus
problemas. Assim, começou o que se chama de segregação institucional: o deficiente era tratado como um doente em
alguma instituição. Excluídos da família e da sociedade, portadores de
deficiências eram acolhidos em asilos de caráter religioso, muitas vezes passando
ali toda sua vida. Ao mesmo tempo, foram surgindo algumas escolas especiais e
centros de reabilitação, pois a sociedade começava a admitir que deficientes
poderiam ser produtivos se recebessem treinamento adequado.
No Brasil, o
atendimento especial aos portadores de deficiência começou oficialmente no dia
12 de outubro de 1854, quando D.Pedro II fundou o Imperial Instituto dos
Meninos Cegos, no Rio de Janeiro.
Pouco a pouco, graças a
organização como a Sociedade Pestalozzi e a APAE, a questão da deficiência foi
saindo do âmbito da saúde - afinal deficiente não é doente - para o âmbito da
educação.
A necessidade de uma
política de educação especial foi se delineando nos anos 70, quando o
Ministério da Educação e Cultura, assumia que a clientela da educação especial
é que requer cuidados especiais no lar, na escola e na sociedade.
Afinal, o que era
diferente era desconhecido e misterioso, e o desconhecido era fonte de medo. Do
medo ao preconceito é um pulo, daí a exclusão absoluta das "pessoas
diferentes".
Em 1986, a expressão
"alunos excepcionais" foi substituído por "alunos portadores de
necessidades especiais".
No aspecto pedagógico,
também a escola necessitou adequar-se a necessidade de estudar a inclusão e a
exclusão dos sujeitos na Escola.
A integração significa
a inserção da pessoa deficiente preparada para conviver na sociedade.
Já a inclusão significa
a modificação da sociedade como pré-requisito para a pessoa com necessidades
especiais buscar seu desenvolvimento e exercer sua cidadania.
Uma ação educativa
comprometida com a cidadania e com a formação de uma sociedade democrática e
não excludente deve, necessariamente, promover o convívio com a diversidade,
que é marca da vida social brasileira.
Pelo lado das crianças
que apresentam necessidades especiais, o convívio com as outras crianças se
torna beneficio, na medida em que representa uma inserção de fato no universo
social, e favorece o desenvolvimento e a aprendizagem, permitindo a formação de
vínculos estimuladores, o confronto com a diferença e o trabalho com a própria
dificuldade,
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