As
pessoas com necessidades especiais, ao longo dos tempos, foram vistas pela
sociedade de várias maneiras e sob diferentes enfoques, ou seja, foram
consideradas conforme as concepções de homem e de sociedade, valores sociais, morais,
religiosos e éticos de cada momento histórico.
Conforme
as colocações da médica Izabel Maior, hoje a história segregativa no mundo e no
Brasil atua como influenciadora da postura social que temos. As práticas
preconceituosas de nossa sociedade refletem essa história massacrante e
limitante da pessoa com necessidades especiais, pois somos resistentes a
mudanças.
De
acordo com a médica devemos nos reinventar, conhecer o outro onde as diferenças
existem. A vida se renova constantemente e, nessa renovação, ocorrem as
mudanças, os retrocessos e os avanços.
O
importante é ressaltar que o individuo com necessidades especiais, seja
deficiência física, cognitiva ou TGD, tem uma maneira especial de se
desenvolver, uma maneira diferente, e não uma variante numérica do
desenvolvimento normal.
O
olhar crítico para a discriminação das pessoas portadoras de deficiências
revela, com muita clareza, que nenhuma sociedade se constituí bem-sucedida, se
não favorecer, em todas as áreas da convivência humana, o respeito à diversidade
que a constitui. Esses indivíduos tem direito a uma vida digna em todas as
etapas de sua existência, sendo elas nas condições de qualidade física,
psicológica, social e econômica.
TGD
Costuma-se
dizer que a grande dificuldade da criança com Transtornos Globais do
Desenvolvimento é a social, sendo que esta acarreta consequências
significativas na vida e na aprendizagem deste indivíduo.
O
autismo é um transtorno definido por alterações presentes antes dos três anos
de idade e que se caracteriza por alterações qualitativas na comunicação, na
interação social e no uso da imaginação.
Para
poder ajudar os alunos autistas, é fundamental que a família e amigos os tratem
normalmente, tentando entendê-los em sua forma de ser e assim tentar ajudá-los,
propiciando tratamento em todas as áreas que precisem. O tratamento é
basicamente feito com reabilitação: psicologia, terapia ocupacional,
fonoaudiologia, escola, fisioterapia, musicoterapia, etc.
Não
tenho experiência em relação a esse tema, mas quando desenvolvi um projeto em
sala de aula sobre " As diferenças existem", trabalhei com vários
tipos de discriminações em relação as inclusões e através da leitura do livro
"Miguel", da editora Salamandra, conheci essa história abordando
sobre o autismo.
Um
breve relato...
Miguel
era diferente das outras crianças da escola. Desligado, sempre atrasado, ele
parecia alheio a tudo o que acontecia, vivendo num universo só dele. Mas
Miguel, na verdade, era um pequeno cientista, cheio de planos e sonhos. Para
ele, os modelos e padrões tradicionais de aprendizagem de nada serviam: sua
mente estava sempre em busca de novidades. Como lidar com a criança que não se
interessa pelas propostas escolares, mas tem os olhos abertos para o mundo? O
livro possibilita uma bela reflexão sobre esta realidade, apontando para a
necessidade de repensarmos o nosso modelo atual de escola.
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