quarta-feira, 18 de abril de 2018

Refletindo sobre o Curta Escolas Democráticas


Assistindo o curta "Escolas democráticas", deparei-me com uma realidade vista em muitas escolas, desvelando o desinteresse dos alunos.
 Inúmeras são as relações e causas permeando tal questão presente no cotidiano da escola, ou seja, o aluno receptor de conteúdos que não acompanham a sua realidade e sem respaldo e significação para seus anseios.
O curta demonstra que o conhecimento a ser tratado nunca deve ser compartimentado e estanque, pois leva a desmotivação e o descontrole educacional com posturas autoritárias e reprodutivistas. Percebi que essas consequências são bastantes problemáticas e negativas para a prática educativa.
Mas, é possível superar esses obstáculos com um currículo escolar complexo, englobante e vinculado aos aspectos da vida na família e na sociedade, instrumentalizando os sujeitos para acompanhar os avanços do mundo/meio em que vivem, primando pela capacidade de investigação e constantes experiências. Assim a proposta pedagógica poderá ser sustentada na epistemologia genética piagetiana (estágios do desenvolvimento), no sociointeracionismo vygotskiano (relações sociais) entendendo-se que tais bases teórico-epistemológicas sirvam como fio condutor do processo ensino-aprendizagem de forma significativa, efetivando-se na prática pedagógica e na convivência entre ambas as partes.
Esta seria então, uma Escola democrática focada naquilo que é relevante, atuando em medidas sincronizadas de responsabilidades envolvendo toda a comunidade escolar na construção de um currículo com realismo e gosto de vida, demonstrando que não somos personagens passivos nesse processo, somos fabricados e nos fabricamos em nossas descobertas.
Bobbit (1918) referia-se ao currículo como "aquela série de coisas que as crianças e os jovens devem fazer e experimentar a fim de desenvolver habilidades que os capacitem a decidir sobre assuntos da vida adulta".
Caswell (1950) transita da noção de que "currículo escolar abrange todas as experiências do aluno sob orientações do professor" (enfoque psicopedagógico) para o enfoque sociológico, entendendo por currículo "tudo o que acontece na vida de uma criança, na vida de seus pais e de seus educadores. Tudo o que cerca o aluno em todas as horas do dia, constitui matéria para o currículo".
Currículo passa a ser compreendido como o Ambiente em Ação onde se efetiva a construção do conhecimento e a relação de aprendizagem e desenvolvimento, através de uma atitude cultural e interdisciplinar, feitas em razão das condições refletidas no comportamento, no pensamento e na organização educacional de uma Escola democrática.
 

Referências

Bobbit, Franklin. The curriculum. Boston, Houghton Mifflin Company, 1918.

BOBBITT, John Franklin. O currículo. Lisboa: Didática, 2004.
Caswell, Holus L. Curriculum improvement in public school systems. New York, Columbia University, 1950. Citado por Sperb, Dalilla C. Problemas gerais de currículo. Porto Alegre, Globo, 1972. p. 46.

 

 

 

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