A Educação de Jovens e Adultos (EJA) representa outra e nova
possibilidade de acesso ao direito à educação escolar sob uma nova concepção de
modalidade diferente de ensino (reparadora),possibilitando aos indivíduos novas inserções no mundo do
trabalho (equalizadora) sob um modelo pedagógico próprio e de organização
relativamente recente que passa a ser um direito de todo o cidadão, tendo como
princípio a conquista da justiça social contra o analfabetismo(qualificadora).
Assim, redimensionam-se o tipo de conhecimento construído na
educação de Jovens e Adultos, para que se apropriem de um saber, que seleciona
seus conteúdos na dimensão social, política e cultural.
Esta concepção configura a síntese política que expressa com mais
determinação o compromisso histórico com os excluídos, com as classes populares
que lutam para superar suas condições de vida precária.
Cabe ao educador, buscar, no âmbito da legislação em vigor, as
formas mais adequadas, mais flexíveis, mais criativas de oferecer aos jovens e
adultos uma proposta pedagógica que leve em consideração suas potencialidades,
suas necessidades, suas expectativas em relação à vida, visando o atendimento
às necessidades detectadas ao campo do trabalho.
Devemos abrir um espaço especial, para refletir e
avaliar nosso comprometimento, na construção de propostas educativas, para
Jovens e Adultos, que não conseguiram concluir seus estudos em tempo hábil, e
que sejam capazes de enfrentar os desafios de um novo tempo, que o futuro nos
reserva.
O sistema de Ensino, apesar de ter órgãos específicos para
orientar e conduzir a formação desta clientela, não consegue, ainda atender
totalmente às carências destes que trabalham e desejariam concluir sua formação
educacional.
É necessário conscientização e acreditar nas mudanças a essa
modalidade de ensino como a EJA destinada a jovens e adultos que não tiveram
acesso ao ensino em idade correta, sendo o desafio de possibilitar igualdade de
condições a todos, fazendo com que retomem seus estudos e tenham o desejo de
aprender, já que em contrapartida poderão transformar sua visão de mundo, a fim
de melhorar sua própria vida. Ao educador é importante analisar a vivencia de
exclusão e entender a escolarização tardia, e a importância da EJA na vida dos
sujeitos de modo a não negar educação àqueles que já foram excluídos da escola
na idade regular. A educação, enquanto prática social, é produto e produtora
dos vários condicionamentos sociais, concorrendo para a emancipação política e econômica
do ser humano.
Contudo, para
garantir o acesso a EJA é imprescindível à valorização do professor por
formação continuada e políticas de incentivo, bem como valorizar o
trabalhador-aluno que em outro momento de sua vida percebe na escola um
importante espaço de formação humana, o que o faz retornar a ela e propor
mudanças necessárias para que se tenha um meio social sem exploração, sem
dominação de uma minoria sobre a maioria, a que se deve acrescentar a inexistência
de um fluxo suficiente de recursos financeiros, humanos e materiais para a
educação básica, no sentido de enfrentar essa imensa evasão escolar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário