sábado, 16 de setembro de 2017

Pluralidade Cultural

Historicamente, registra-se dificuldades para se lidar com a temática do preconceito e da discriminação racial e étnica. Na escola, muitas vezes, há manifestações de racismo, discriminação social e étnica, por parte dos professores, de alunos, da equipe escolar, ainda que de maneira involuntária ou inconsciente. Essas atitudes representam violação dos direitos dos alunos, professores e funcionários discriminados, trazendo consigo obstáculos ao processo educacional pelo sofrimento e constrangimento a que essas pessoas se veem expostas.
Movimentos sociais, vinculados a diferentes comunidades étnicas, desenvolveram uma história de resistência a padrões culturais que estabeleciam e sedimentavam injustiças. Gradativamente, conquistou-se uma legislação antidiscriminatória, culminando com o estabelecimento, na Constituição Federal de 1981, da discriminação racial como crime. Mais ainda, há mecanismos de proteção e de promoção de identidades étnicas, como a garantia, a todos, do pleno exercício dos direitos culturais, assim como apoio e incentivo à valorização e difusão das manifestações culturais.
A ideia veiculada na escola de um Brasil sem diferenças, formado originalmente pelas três raças - o índio, o branco e o negro -  que se dissolveram, dando origem ao brasileiro, também tem sido difundida nos livros didáticos, neutralizando as diferenças culturais e, às vezes, subordinando uma cultura à outra. Divulgou-se, então, uma concepção de cultura uniforme, depreciando as diversas contribuições que compuseram e compõem a identidade nacional.
Por outro lado, a perspectiva de um Brasil de braços abertos compôs-se no mito da democracia racial.
Assim, na sociedade em geral, discriminações praticadas com base em diferenças ficam ocultas sob o manto de uma igualdade que não se efetiva, empurrando, para uma zona de sombra a vivência do sofrimento e da exclusão.
 

Um comentário:

  1. Ester, percebemos que nas nossas escolas, bairro, cidade, enfim na sociedade em geral, apesar do discursos inflamados contra o racismo, intolerância religiosa, entre outros, existe discriminação e quem sofre mais são nossas crianças, que muitas vezes não sabem como se defender, e esta discriminação, não parte sempre do colega, muitas vezes de outros pais e professores, por isto, acredito que com respeito vamos longe, devemos respeitar a cor, cultura, valores do outro, assim teremos um uma sociedade menos agressiva, violenta.
    Abraços

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