terça-feira, 22 de maio de 2018

Pensando sobre...


O processo de ensino por projeto de aprendizagem possibilita a interação do sujeito com seu meio físico e social no qual adquire novas estruturas cognitivas ou altera as que já possui, desenvolvendo algumas habilidades mentais, habilidades de pensamento, tendo em vista a solução de problemas.

O caráter transformador da escola é determinado pelo nível de consciência e recursos produtivos de bens materiais e culturais. Pela prática social e intelectual os sujeitos aprimoram-se na produção dos conceitos de forma cada vez mais ágil, hoje potencializada pela tecnologia.

A exploração de situações concretas, nos dá a oportunidade de escolher alternativas metodológicas de ensino que sejam mais adequadas ao tipo de aluno e a consecução dos objetivos. Quer dizer, quanto maior o volume de conceitos adquiridos, maior o nível de raciocínio e maior capacidade de linguagem.

Desenvolver um trabalho, a partir do interesse das crianças, sempre foi o meu objetivo, direcionando a participação efetiva do aluno a produção de informações significativas com outras situações do cotidiano.

Com certeza, a possibilidade de trabalhar com projetos na sua sala de aula, tornará qualquer atividade mais atraente, conduzindo o aluno à ação, transformando-o em ser ativo que idealiza e executa seu próprio trabalho, despertando interesse e valorizando as suas próprias ações.

Entretanto, a abordagem pedagógica em decorrência da ampliação dos recursos informáticos na educação, vem a contribuir para o enriquecimento interdisciplinar mais inovadora e criativa, em um olhar de diferentes perspectivas junto aos alunos na construção compartilhada do saber.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Ação Interdisciplinar


Na cultura escolar, a ação educativa de planejar currículo é estabelecer metas, definir estratégias, fixar tempos, organizar espaços escolares, com a intenção de alcançar as finalidades dos diferentes níveis de ensino, tendo em vista as finalidades maiores da educação nacional.

O currículo, na seleção e ordenação de conteúdos é compreendido como uma seleção de conhecimentos extraídos de uma cultura mais ampla e, historicamente, acumulada. Assim, redimensionam-se o tipo de conhecimento construído na educação, para que se apropriem de um saber, que seleciona seus conteúdos na dimensão social, política e cultural. Assim, o currículo não constitui uma seleção arbitrária de conteúdos , mas um projeto de ensino, que se organiza em torno de bases metodológicas racionais e sistematizadas, que busca,  a sua construção, a partir do trabalho integrado e flexível.

Os saberes compartimentados, nos dá a ideia de que as matérias podem ser tratadas como setores estanques e de que o conhecimento do aluno se estrutura por estabelecer relações de aprendizagens, quase sempre desconexas, sem a inter-relação entre as diferentes áreas do conhecimento sem expressar coerência. O professor precisa se dar conta de que a essência do seu trabalho está na aquisição pelo aluno de competências cognitivas complexas, cuja a importância vem sendo cada vez mais enfatizada: autonomia intelectual, criatividade, solução de problemas, análise mais verdadeira para alunos provenientes de ambientes culturais e sociais, em que o uso da linguagem é restrito e a sistematização do conhecimento espontâneo raramente acontece. O ensino fragmentado em disciplinas não permite o desenvolvimento da inteligência, pois reduz a aprendizagem a sua transmissão isolada, levando, inclusive, o aluno a se desinteressar pela escola.

Nesse contexto, relacionamos os modelos Taylorismo e Fordismo, nas influências observadas nos programas para a educação, resultando em ações isoladas com nenhuma eficiência e eficácia, resultando na fragmentação desses programas, onde os mesmos não conseguem atingir e transcender os seus objetivos, caracterizado pela racionalização, planejamento, formalização, mecanização do ensino, onde os alunos muitas vezes não são levados a pensar e sim a decorar, para passar de ano e atingir as metas da Gestão Escolar, acabando por repercutir negativamente na prática escolar. Todas estas influências estão presentes no ensino, nas relações entre aluno/professor, levando a baixa autoestima do docente para a escola.

O trabalho integrado, através de uma ação interdisciplinar, vem sendo compreendido como uma forma  de produção flexível em sala de aula, onde se propõe um único tema com abordagens em diferentes disciplinas. Cada conteúdo tem suas características, suas especificidades. Saber onde se quer chegar, o que quer que os alunos aprendam, quais as relações que necessitam fazer, faz parte da organização de um projeto interdisciplinar.

De acordo com Werneck, 1991:

" Ao pensar em interdisciplinaridade, podemos pensá-la sob dois aspectos. Um que se refere à intenção do professor e suas potencialidades; e um outro às características do conteúdo estudado. Quanto ao professor, podemos pensar que a interdisciplinaridade se constrói a partir do modo como ele vê o mundo, de sua vivência, sua experiência, seu envolvimento e principalmente de seu conhecimento sobre o conteúdo em questão.. Ter uma atitude interdisciplinar, portanto, é ter uma mudança de concepção de ensino por que vem quebrar uma estrutura de ensino secular, fundamentada no isolamento das disciplinas, que orientava o papel do professor como se cada matéria não tivesse relação com as outras".


Hoje, sentimos que por meio da interdisciplinaridade podemos aprofundar em reflexões e assim compreender melhor a prática docente, transformando-a cada vez mais.
Por tudo isso é que o "interdisciplinar" provoca "atitudes de medo e recusa"( Japiassu, 1994). Porque constitui uma inovação.

Essas inovações podem ser através da educação global, com aprendizagens transformadoras no currículo integrado por atividades globalizadas das unidades de trabalho, onde escolhe-se um assunto e, através deste, trabalha-se Comunicação e Expressão, iniciação a Ciências e Integração Social.

O Centro de Interesse, também é um método globalizado permitindo ao aluno liberdade, individualidade, dando o máximo de autonomia para agir de acordo com seus gostos e necessidades, sendo seu interesse movido pela ação de observar (olhando, tocando, analisando).
Um Centro de interesse permite ao professor ter uma visão geral do que  determinado tema permite explorar na medida que é praticado.
Destacamos aqui, a contribuição referente a Metodologia de Projetos, sendo uma atividade que se desenvolve diante de uma situação problemática, concreta, real, com tema de investigação de livre escolha do aluno e que busca soluções práticas.

Segundo MORAES e RAMOS (1988):

"...o projeto é uma atividade em que  o aluno envolve-se voluntariamente, fixa a finalidade de seu trabalho, decide sobre como conduzi-lo, tendo sempre em vista um fim prático e relacionado ao meio natural ou social em que vive. Isto implica na participação mental constante do aluno, em ter sua mente permanentemente voltada para determinado fim".

Essa metodologia pode ser trabalhada em uma ou mais disciplinas, estimulando projetos disciplinares ou interdisciplinares, bem como pode ser aplicada para desenvolver programas ou para estimular a criatividade dos alunos, permitindo que eles desenvolvam projetos de sua inteira iniciativa.
Assim, na ação unificadora do conhecimento resgata-se na relação homem-mundo a possibilidade de serem educadas as novas gerações numa outra perspectiva de ensino.

Enquanto prática pedagógica na cultura escolar, entendemos que a ação do currículo integrado nas modalidades da forma interdisciplinar, centros de interesse, metodologia de projetos e globalização dos conteúdos, podemos construir coletivamente o saber, ao buscar, juntos, o novo, o risco, a descoberta, o diálogo, a troca, o conhecer, deixando que cada um assuma a sua prática dentro dos próprios limites de uma educação global nas diferentes formas de pensar e de agir.

Referências:
Textos:

- JAPIASSU, Hilton. A questão da interdisciplinaridade. Revista Paixão de Aprender. Secretaria Municipal de Educação, novembro, n°8, p. 48-55, 1994.
- As origens da modalidade de currículo integrado de Santomé.
- Fragmento de "Planejamento: globalização, interdisciplinaridade e integração curricular" de Maria Luisa Xavier .

- SILVA, Luiz Heron da. A escola cidadão no contexto da Globalização. Petrópolis, Vozes, 1998.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Linguagem e Educação - Análise Reflexiva


Trabalhar com crianças pequenas demanda do professor um real interesse por suas falas, atenção aos seus movimentos, gestos e demais ações expressivas, buscando sempre um maior entendimento de sua perspectiva de ver e pensar o mundo, desenvolvendo uma atitude investigadora, interessada e curiosa em relação ao seu desenvolvimento e aprendizagem.
A fala da criança traz o seu modo próprio e particular de pensar e ele não pode ser confundido com um falar aleatório.
O desenvolvimento da linguagem está associado à existência e a maturação de centros cerebrais, sem os quais ela não poderia se desenvolver e de estimulações exteriores. As funções psíquicas são constituídas à medida que são utilizadas, sempre na dependência do legado cultural da humanidade e do marco da cultura em que se vive.
Quanto mais se sabe sobre a forma pela qual as crianças estabelecem relações entre as coisas, sobre a sua perspectiva particular de pensar, mais se tem certeza de que as mesmas estão continuamente tentando compreender o mundo em que vivem, tentando ampliar o que sabem dele, verbalizando suas ideias e percepções na busca de confirmação para prosseguir ou parar a elaboração de suas hipóteses. Atribuir intenção comunicativa a todas as enunciações das crianças, mesmo àquelas para as quais não há um sentido imediato; desvendar e resgatar as relações por trás das palavras é a maior contribuição para que prossigam em suas buscas.
Atividade:
Usar a linguagem oral para conversar, brincar, comunicar-se, relatar suas vivências em situações de interação presentes no cotidiano e expor seu ponto de vista, é uma valorização da interação e do diálogo por excelência. Dialogar supõe ver e ouvir o interlocutor, no caso, a criança, de acordo com as características que lhe são próprias.
As atividades verbais são importantes para conduzir a criança a expressar-se com desinibição, espontaneidade e se fazer entender.
A linguagem oral poderá ser trabalhada através de conversas informais, conversas dirigidas, produção de histórias, hora da novidade, jornal falado, comentários de histórias, dramatizações, etc.

Exemplo:

1- Poderemos ler uma história, mostrar as cenas, e perguntar:
*O que está acontecendo?

*O que aparece na cena?
*O que vocês acham que vai acontecer depois desta cena?

*Se vocês fossem o personagem principal o que você faria?
*Quantos personagens tem nessa história?

*Qual o nome dos personagens?

2- Todos fechem os olhos e imaginem uma história, a professora deverá escutar cada um e tentar ajudar o aluno, que apresentar dificuldade. Propor dramatizar a história com fantoches.
 Assim, podemos refletir que a importância da linguagem não reside apenas nas possibilidades de comunicação e inserção social. Ela faz parte da constituição de diferentes operações intelectuais e da memória.
Para as crianças, não só os humanos podem falar, pensar, ter sentimentos, mas também as plantas, animais, pedras, objetos e todo o mundo inanimado, o que torna possível que esses seres também falem e sintam. Por isso, o reconto de histórias conhecidas, se torna um recurso apropriado para trabalhar a linguagem oral, buscando aproximação das crianças com as características narradas e descrição dos personagens, cenários e objetos, com a ajuda, quando necessário. Assim, as ideias e teorias que as crianças criam para compreender e explicar o mundo são sempre bastante originais em diferentes situações comunicativas.
 
Referências Bibliográficas:

AROEIRA, M.L.C.;SOARES, M.I.B.; MENDES, R.E.A. Didáticas da pré-escola: vida de criança, brincar e aprender. São Paulo: FDT, 1996.
AROEIRA, M.L.C.Projetos para a Educação Infantil.Ed.Dimensão, 2004
KAMII, C.;DEVRIES,R. O conhecimento físico na educação pré-escolar: implicações da teoria de Piaget. 4 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
MOLL, L.C. Vygotsky e a educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
MACHADO, ELAINE ROSE, Método Dinâmico de Ensino: Síntese dos Referenciais Curriculares Nacionais. Ed.Rideel

 

Parabéns Colegas Pedagogos

Parabéns a todos "Pedagogos" que dedicam cada minuto de suas vidas na arte de educar!                                         O...