A fábula da coruja e da águia é exemplar para se entender a dimensão do olhar que os pais depositam nos filhos. Numa época em que havia muitos conflitos entre a coruja e a águia, ambas fizeram um trato pacificador. Não comeriam os filhotes uma da outra. "Mas como vou reconhecer seus filhotes?", perguntou a águia. A coruja respondeu: "É muito fácil: são os mais lindos da floresta". Numa de suas caçadas, a águia se depara com um ninho cheio de rebentos que achou horrorosos e não teve dúvidas - comeu-os prontamente. Aqueles não poderiam ser os filhotes da coruja. Quando esta, desolada, percebeu o que havia acontecido e reclamou o combinado, a águia respondeu: "mas você falou que eram os mais lindos! Não poderiam ser aqueles..."
A moral da história "quem ama o feio, bonito lhe parece" poderia ser melhor enunciado: os filhos representam para os pais toda a grandiosidade e beleza que eles mesmo desejam para si.
Queremos acreditar que depende apenas de nós o destino de nossos filhos. Dentro dessa forma de pensar, se os educarmos de modo correto, eles serão os adultos que idealizamos. a realidade mostra, no entanto, que não há filhos perfeitos e nem pais perfeitos.
Muitos são os fatores que determinam a personalidade de uma criança. Os filhos decepcionarão os pais, em maior ou menor grau, ao longo de seu desenvolvimento, e os pais cometerão erros.
Ester! Muito divertido de ler essa tua postagem, Ester. Pois sim, pais são bobos por seus filhos. Para mim, um fato humano e natural. Nós professoras precisamos considerar muito esse fato quando estamos trabalhando com nossos alunos e tentando "regular" ou "regrar" algum acontecimento. Não é verdade? Já vi muita professora em "sai justa" como a gente diz, confrontando situações de comportamentos dos alunos. Aonde pais não acreditavam nas narrações de atitudes dos filhos. E o que realmente importa nessa hora? Fica a pergunta. A verdade sobre o que realmente o aluno fez? O fato em si? Que é motivado por uma porção de influências? ou, o estabelecimento de parceria entre a escola e os responsáveis? Professoras, profissionais, tem a opção de manter muito a calma, ponderar, compreender a situação e repensar a atuação para não afastar a família. Não é fácil. Mas com certeza a coruja não conseguia enxergar a esquisitice de seus filhotes. Não seria ouvindo que essa "ficha" iria cair. O que pensas disso? Vai escrevendo aí que a gente continua te acompanhando. Se possível avisa por email que escrevestes mais comentários. Que a gente volta aqui para dialogar. Abraço, Betynha e Jacque (Tutoras do Seminário Integrador I e II)
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