domingo, 17 de junho de 2018

Pedagogia da Afetividade-Henri Wallon


Tradicionalmente, a educação tem-se focalizado, predominantemente, na transmissão da inteligência e do conhecimento cognitivo. Esta limitada visão pode comprometer o comportamento social e emocional das crianças. Nesse contexto Wallon, em sua teoria psicogenética, dá uma importante contribuição para a compreensão do processo de desenvolvimento e também contribuições para o processo ensino-aprendizagem.
Conforme citado no texto (em referência) "Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança mas também suas emoções para dentro da sala de aula. Fundamentou suas ideias em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa. As emoções, para Wallon, têm papel preponderante no desenvolvimento da pessoa".
A criança não é um ser fragmentado, é vista como um ser completo e constituinte do meio sociocultural em que vive e a educação desenvolve a plena realização das potencialidades das crianças, em uma visão holística que percebe a multidimensionalidade através das emoções e também no aspecto físico e social. A construção do conhecimento e a perfeita relação entre o ensino e a aprendizagem dá-se de forma harmônica, colocando a escola como mediadora a propiciar subsídios para a transformação integral do ser, desenvolvendo o intelecto sem esquecer o emocional e o social, ou seja, uma pedagogia humanizada que exterioriza suas emoções e não ignora a necessidade do desejo da criança que sonha e ama necessitando da afetividade.
 Wallon dividiu o desenvolvimento em fases, nas quais cada uma tem uma atividade predominante, podendo haver avanços e retrocessos entre elas, sendo: Impulsivo e emocional (0 a 1 ano); sensório-motor e projetivo (1 a 3 anos); personalismo (3 a 6 anos); categorial (6 a 11 anos); puberdade e adolescência (acima dos 11 anos); e adulto.  
A característica de cada estágio, sendo identificada pelo professor, permitirá um entrosamento entre aluno/professor, promovendo um planejar (movimento e ação) através de experiências vivenciadas em sala de aula, levando a autonomia e fortalecimento das capacidades e decisões de cada criança com trocas afetivas positivas. Portanto, a interação do sujeito com o outro e com o objeto de conhecimento é mediada pela emoção, é ela a responsável pela socialização, pela formação da personalidade do mesmo e da construção da consciência de si ao interagir com seu meio.
Wallon defendia a fluidez das emoções e do pensamento da criança como necessário para o desenvolvimento completo do mesmo. Por meio da emoção que a criança supera seus desafios e a dependência do outro e prossegue construindo seu conhecimento, como um sujeito ativo.
Diante da análise da teoria de Henri Wallon sobre a afetividade na educação, podemos afirmar que sem motivação fica comprometida a aprendizagem humanizada aluno/professor, pois não é possível ter sucesso sem uma forte carga de emoção frente a realidade que envolve a aplicabilidade e os efeitos dos princípios pedagógicos, em sala de aula, visando o interesse de todos.
 
Referências:
Textos:
*Apontamentos sobre a teoria de Henri Wallon.
*Contribuições de Henri Wallon à relação cognição e afetividade na educação.
 

 

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