É possível que o
desinteresse pedagógico dos alunos exclusos seja capaz de produzir uma reação
depressiva (que não é apenas origem, mas pode ser consequência do próprio
insucesso e rotulações), que secundariamente se estabiliza, sendo sustentado
pelo desinteresse escolar, ou que é camuflado por meio da organização de um
falso self no qual vão ancorar condutas antiescolares e de contracultura
escolar.
O insucesso e
desinteresse escolar dificultam o desenvolvimento na questão das aprendizagens,
ou seja, a condição primeira para o insucesso é que o próprio sujeito esteja
convencido que é incapaz, e, para tanto, a estrutura social vigente mantenedora
das diferenças, presente no espaço escolar, contribui muito bem.
O professor deve
desenvolver investigações na prática educacional, não limitando-se apenas a
esta sub-área educacional que o filme retrata, buscando dessa forma, contribuir
com a transformação da realidade, na qual o fator educativo é apenas um
componente do processo cidadão e que o diálogo em sala de aula, é um dos
fatores que permite vivenciarmos, discutirmos e refletirmos, abrindo
possibilidades de uma educação não livresca e descobrindo o potencial do
planejamento participativo, enquanto etapa de investigação-ação educacional.
Sabemos que deveríamos
ter uma política educacional governamental justa e adequada, no sentido de
promover condições para o trabalho educacional, mas como bem disse Paulo Freire
"o professor antes de tudo deve ser também político, para desenvolver a
ação social que lhe é atribuída".
A escola cabe realizar
um trabalho integrado com objetivos e fins comuns. Por isso a necessidade de
conviver com a comunidade, vivenciar seus problemas mais prementes,
diagnosticar sua situação global entre escola- família - comunidade.
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