sábado, 23 de setembro de 2017

Deficiências- Mário Quintana

"Deficiente" é aquele  que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outra pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possuí.
"Cego" é aquele que não vê seu próprio morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.
"A amizade é um amor que nunca morre".

Autor: Mário Quintana

Atitude de Empatia e Solidariedade


Um dos grandes temas da ética é: O que está e o que não está em nosso poder? Até onde vai o poder de nossa vontade, de nosso desejo, de nossa consciência? Enfim, até onde alcança o poder de nossa liberdade?
A questão da liberdade é um dos grandes temas nas discussões morais. Mais que escolher entre duas alternativas, liberdade é decidir conscientemente por que se está tomando esta atitude e não outra. Assim, a liberdade pressupõe uma pessoa que interiorize as razões pelas quais se age, ou seja, um sujeito que se coloca como a causa última das próprias ações.
O desenvolvimento da consciência e da capacidade de atribuir sentido ao mundo aumentam a possibilidade de ação livre das pessoas. Ao contrário, nas situações em que não conseguimos compreender o que  está se passando, que não entendemos o que nos acontece, nossa capacidade de tomar decisões é muito mais limitada e restrita. Somos livres  para tomar uma decisão, mas devemos assumir a autoria daquilo que decidimos fazer.
A reflexão sobre os valores morais serve para aprendermos a lidar melhor com a nossa capacidade de escolher e com o uso dessa particularidade humana, que é a liberdade. Ao definirmos o que é bom ou mau, estamos projetando um modo de viver humanamente, em sociedade. Assim, é na relação com o outro que podemos exercer a liberdade. Tratar o outro como humano é criar condições para que o outro, fortalecido na sua condição de humano, possa reconhecer e fortalecer a nossa própria condição humana, repudiando toda discriminação baseada em diferenças de raça/etnia, classe social, crença religiosa, sexo e outras características individuais ou sociais.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Pensando em Inclusão

A partir da leitura da Nota Técnica 04/2014 do MEC/SECADI/DPEE e segundo o relatório da ONU, todo mundo se beneficia da educação inclusiva.
Relacionamos algumas vantagens:
*Para os estudantes com deficiência:
- aprendem a gostar da diversidade;
- adquirem experiência direta com a variedade das capacidades humanas;
- demonstram crescente responsabilidade e melhor aprendizagem através do trabalho em grupo, com outros deficientes ou não;
- ficam mais bem preparados para a vida adulta em uma sociedade diversificada, entendem que são diferentes, mas não são inferiores.
*Para estudantes sem deficiência:
- têm acesso a uma gama bem mais ampla de papéis sociais;
- perdem o medo e o preconceito em relação ao diferente, desenvolvem a cooperação e a tolerância;
- adquirem grande senso de responsabilidade e melhoram o rendimento escolar;
- são melhor preparados para a vida adulta porque desde cedo assimilam que as pessoas, as famílias e os espaços sociais não são homogêneos e que as diferenças são enriquecedoras para o ser humano.
Como vimos, as soluções não dependem única e exclusivamente dos sujeitos envolvidos com o problema da inclusão e exclusão, mas também da comunidade e de uma política educacional governamental que seja justa e adequada, no sentido de promover condições para o trabalho educacional.
Não precisamos de laudos médicos , mas sim parcerias com órgãos de atendimentos especializados, que estimulem o processo de ação social que nos é atribuída.
Para tanto, é necessário preparar a escola para incluir nela o aluno especial, e não excluí-lo.
Acredito que a escola deve buscar contribuir para a transformação da realidade, na qual o fator educativo é um componente do processo cidadão, oportunizando o diálogo no espaço escolar, onde nos permite vivenciarmos, discutirmos e refletirmos as condições de participação e de aprendizagem dos alunos portadores de necessidades espaciais.
Referência:
Nota Técnica 04/2014 do MEC/SECADI/DPEE. Disponível em:



domingo, 17 de setembro de 2017

Consciência Social

É bastante comum vermos pessoas que não concordam em determinados assuntos, como religião, política, moral, etc. Isso ocorre porque elas têm escalas de valores diferentes umas das outras. É a chamada crise de valores; como as normas morais estão sempre mudando, os indivíduos sentem-se inseguros ao tomar decisões individuais.
O problema é que não estamos acostumados a refletir e buscar o "porquê" de nossas escolhas, dos comportamentos, dos valores. Agimos por força do hábito, dos costumes e da tradição, tendendo a naturalizar a realidade (social e política), considerando normal conviver lado a lado as mansões e os barracos, as crianças e os mendigos nas ruas; achando que inteligente e esperto levar vantagem em tudo e considerando como sendo tolo aquele que procura ser esperto.
Como devo agir perante os outros? Trata-se de uma pergunta fácil de ser formulada, mas difícil de ser respondida.

Ideias Éticas e Moral

 Violência X Valores

Na história das ideias éticas (desde a Antiguidade Clássica até nossos dias) é possível perceber que, em seu centro, encontra-se o problema da violência e dos meios para evita-la, diminuí-la, controlá-la.
Diferentes sociedades e culturas instituíram conjuntos de valores éticos como padrões de conduta, de relações interpessoais, de comportamentos sociais que pudessem garantir a integridade física e psíquica de seus membros e a conservação do grupo social.
No decorrer do tempo, é possível observar que os valores morais vão se modificando na História, porque seu conteúdo é determinado por condições históricas. Assim, as várias culturas e sociedades não definiram ( e não definem) a violência da mesma forma; elas lhe dão conteúdos diferentes, segundo os tempos e lugares.
Do ponto de vista da ética, somos pessoas e não podemos ser tratados como coisas. Os valores éticos garantem nossa condição de sujeitos, proibindo moralmente o que possa nos transformar em coisa usada e manipulada por outros. As normas éticas visam impor limites e controles ao risco permanente da violência.
Dessa forma, toda cultura e cada sociedade instituem uma moral, isto é, valores relativos ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, válidos para todos os seus membros. No entanto, a simples existência da moral não significa a presença explícita de uma ética, isto é, uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais.
 
 

sábado, 16 de setembro de 2017

Pluralidade Cultural

Historicamente, registra-se dificuldades para se lidar com a temática do preconceito e da discriminação racial e étnica. Na escola, muitas vezes, há manifestações de racismo, discriminação social e étnica, por parte dos professores, de alunos, da equipe escolar, ainda que de maneira involuntária ou inconsciente. Essas atitudes representam violação dos direitos dos alunos, professores e funcionários discriminados, trazendo consigo obstáculos ao processo educacional pelo sofrimento e constrangimento a que essas pessoas se veem expostas.
Movimentos sociais, vinculados a diferentes comunidades étnicas, desenvolveram uma história de resistência a padrões culturais que estabeleciam e sedimentavam injustiças. Gradativamente, conquistou-se uma legislação antidiscriminatória, culminando com o estabelecimento, na Constituição Federal de 1981, da discriminação racial como crime. Mais ainda, há mecanismos de proteção e de promoção de identidades étnicas, como a garantia, a todos, do pleno exercício dos direitos culturais, assim como apoio e incentivo à valorização e difusão das manifestações culturais.
A ideia veiculada na escola de um Brasil sem diferenças, formado originalmente pelas três raças - o índio, o branco e o negro -  que se dissolveram, dando origem ao brasileiro, também tem sido difundida nos livros didáticos, neutralizando as diferenças culturais e, às vezes, subordinando uma cultura à outra. Divulgou-se, então, uma concepção de cultura uniforme, depreciando as diversas contribuições que compuseram e compõem a identidade nacional.
Por outro lado, a perspectiva de um Brasil de braços abertos compôs-se no mito da democracia racial.
Assim, na sociedade em geral, discriminações praticadas com base em diferenças ficam ocultas sob o manto de uma igualdade que não se efetiva, empurrando, para uma zona de sombra a vivência do sofrimento e da exclusão.
 

Parabéns Colegas Pedagogos

Parabéns a todos "Pedagogos" que dedicam cada minuto de suas vidas na arte de educar!                                         O...