quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Reflexão sobre relações étnico-raciais

"Ainda nos falta avançar muito para compreendermos que o fato de sermos diferentes uns dos outros é o que mais nos aproxima e o que nos torna mais iguais. Sendo assim, a prática pedagógica deve considerar a diversidade de classe, sexo, idade, raça, cultura, crenças, etc., presentes na vida da escola e pensar ( e repensar) o currículo e os conteúdos escolares a partir desta realidade tão diversa. A construção de práticas democráticas e não preconceituosas implica o reconhecimento do direito à diferença, e isso inclui as diferenças raciais. Aí sim estaremos articulando Educação, cidadania e raça". (GOMES, 2001, p.87)
 

Qual professor nós queremos ser?

O Menino e a Escola
     "Era uma vez um menino pequeno, e era uma vez uma escola grande.
     O menino foi estudar nessa escola, e a professora disse: "Hoje nós iremos fazer um desenho".
     - Que bom! - pensou o menino. Ele gostava de fazer desenhos. Ele poderia fazer de todos os tipos: leões, tigres, galinhas, vacas, trens, barcos...ele pegou sua caixa de lápis e começou a desenhar. Mas a professora disse: "Esperem! Nós iremos desenhar flores".
     - Que bom! - pensou o menininho. Ele gostava de desenhar flores. E começou a desenhar flores com seu lápis cor de rosa, laranja e azul. Mas a professora disse: "Esperem! Vou mostrar como fazer".. E a flor era vermelha com o caule verde.
     No outro dia, a professora disse: "Hoje nós iremos fazer alguma coisa com barro".
     - Quem bom! - pensou o menininho, ele gostava de argila. Ele poderia fazer todas as coisas, como elefante, camundongos, carros e caminhões. Ele começou a juntar e amassar a sua bola de barro. Mas a professora disse: "Esperem! Nós iremos fazer um prato".
     - Que bom! - pensou o menino. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos. Porém, a professora disse: "Esperem! Eu vou mostrar como se faz".
     O menino olhou para o prato da professora e olhou para seu próprio prato. Ele gostava mais do seu prato do que o dela, mas não teve coragem de dizer isso...
     Então aconteceu do menino e sua família se mudarem para outra casa, em outra cidade, e o menino foi estudar em outra escola. Esta escola era menor do que a primeira, e todos os móveis e brinquedos eram do tamanho do menino.
     No primeiro dia de aula, ele estava lá. E a professora disse: "Hoje nós iremos fazer um desenho".
     - Que bom! - pensou o menininho, e ele esperou que a professora dissesse o que desenhar. Mas a professora não disse. Ela apenas andava pela sala, conversando com as crianças. Foi então que ela observou o menino sem fazer nada e perguntou: "Você não quer desenhar?"
     - Sim - disse o menino - mas o que é que nós vamos fazer?
     - Eu não sei, até que você o faça - disse a professora.
     - Como eu posso fazer? - Perguntou o menino. - Qual cor devo usar?
     - Ora, você pode desenhar o que quiser, e usar todas as cores que quiser! Olhe em sua volta: somos todos diferentes, de jeitos, cores e cabelos diferentes! Não seria muito estranho se fôssemos todos iguais e desenhássemos todos do mesmo jeito, com a mesma cor?
     Então, o menino sorriu e abraçou a professora, pois sabia que ali respeitariam o tempo e o jeito de cada um aprender".
 
Trecho retirado do conto O menino e a escola (Autora: Helen Barckley)

Parabéns Colegas Pedagogos

Parabéns a todos "Pedagogos" que dedicam cada minuto de suas vidas na arte de educar!                                         O...