sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Educação das relações étnico-raciais

É importante destacar que se entende por raça a construção social forjada nas tensas relações entre brancos e negros, muitas vezes simuladas como harmoniosas, nada tendo a ver com o conceito biológico de raça cunhado no século XVIII e hoje sobejamente superado. Cabe esclarecer que o termo raça é utilizado com frequência nas relações sociais brasileiras, para informar como determinadas características físicas, como cor de pele, tipo de cabelo, entre outras, influenciam, interferem e até mesmo determinam o destino e o lugar social dos sujeitos no interior da sociedade brasileira.
Contudo, o termo foi ressignificado pelo Movimento Negro que, em várias situações, o utiliza com um sentido político e de valorização do legado deixado pelos africanos. É importante, também, explicar que o emprego do termo étnico, na expressão étnico-racial, serve para marcar que essas relações tensas devidas a diferença na cor da pele e traços fisionômicos o são também devido à raiz cultural plantada na ancestralidade africana, que difere em visão de mundo, valores e princípios das de origem indígena, europeia e asiática.
Para reeducar as relações étnico-raciais, no Brasil, é necessário fazer emergir as dores e medos que têm sido gerados. É preciso entender que o sucesso de uns tem o preço da marginalização e da desigualdade impostas a outros. E então decidir que sociedade queremos construir daqui para frente.
 
Fonte de consulta: Diretrizes Curriculares Nacionais a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (2005).

Diversidade Étnica

A diversidade cultural é sinal de vitalidade, de respeito às diferenças, de espaço para os não-iguais, de generosidade, de humanismo para todos. Todavia, a exposição pura e simples da diversidade cultural e a celebração da diferença não problematizam os conflitos e as contradições das relações étnico-raciais, não aprofundam a discussão do racismo. O ensino sobre a figura do negro em nossa história, na maioria das vezes, mantém-se distanciado da vida cotidiana da maioria dos alunos, limitando-se a amontoados de fatos e acontecimentos que pouco significam.
Se concordamos que ensinar História é estimular o aluno a refletir e a fazer descobertas, é nossa tarefa demonstrar que a disciplina pode oferecer visões mais amplas sobre o dia-a-dia que o cerca, relacionando os fatos do presente com os do passado, historicizando a formação da sociedade brasileira a partir da recuperação da participação de diferentes etnias na nossa cultura, construindo com os alunos uma representação histórica, resgatando, por exemplo, a participação da população negra na construção de nossa identidade e economia (mãos negras gerando e sustentando a economia, do período colonial ao império).
 
Fonte de consulta: Escola Faz - Dialogando com a história e a cultura negra (Adriana Santos)

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Em busca da realização ( Por Gina Khafif Levinzon)

A fábula da coruja e da águia é exemplar para se entender a dimensão do olhar que os pais depositam nos filhos. Numa época em que havia muitos conflitos entre a coruja e a águia, ambas fizeram um trato pacificador. Não comeriam os filhotes uma da outra. "Mas como vou reconhecer seus filhotes?", perguntou a águia. A coruja respondeu: "É muito fácil: são os mais lindos da floresta". Numa de suas caçadas, a águia se depara com um  ninho cheio de rebentos que achou horrorosos e não teve dúvidas - comeu-os prontamente. Aqueles não poderiam ser os filhotes da coruja. Quando esta, desolada, percebeu o que havia acontecido e reclamou o combinado, a águia respondeu: "mas você falou que eram os mais lindos! Não poderiam ser aqueles..."
A moral da história "quem ama o feio, bonito lhe parece" poderia ser melhor enunciado: os filhos representam para os pais toda a grandiosidade e beleza que eles mesmo desejam para si.
Queremos acreditar que depende apenas de nós o destino de nossos filhos. Dentro dessa forma de pensar, se os educarmos de modo correto, eles serão os adultos que idealizamos. a realidade mostra, no entanto, que não há filhos perfeitos e nem pais perfeitos.
Muitos são os fatores que determinam a personalidade de uma criança. Os filhos decepcionarão os pais, em maior ou menor grau, ao longo de seu desenvolvimento, e os pais cometerão erros.

Parabéns Colegas Pedagogos

Parabéns a todos "Pedagogos" que dedicam cada minuto de suas vidas na arte de educar!                                         O...